Respeitado pelos colegas de trabalho e querido pelos vizinhos. Assim era o professor Luís Carlos Silveira, de 55 anos, brutalmente assassinado na madrugada de ontem (17), em Santa Cruz da Vitória, onde ele atuava como vice-diretor do Colégio Estadual Jonh Kennedy.
O corpo da vítima foi liberado do Departamento de Polícia Técnica de Itabuna na manhã desta sexta-feira (18), de onde seguiu para Macarani, onde será sepultado.
Um dia após a morte bárbara de Luís Carlos e a prisão de dois suspeitos, entre os quais a viúva, Renata Almeida Silveira, denúncias de um passado sombrio envolvendo o professor vieram à tona, primeiro, por meio de comentários chegados à Redação do Verdinho Itabuna. Depois, nossa reportagem teve acesso a registros publicados em um site de notícias, anos atrás, quando o educador ainda morava em sua cidade natal, Macarani.
Rafael Salles e Renata Almeida |
Em 2018, o site Revista Geral Bahia divulgou uma matéria, cujo conteúdo dizia que o professor Luís Carlos era suspeito de pedofilia. A denúncia partiu das mães de duas meninas que, na ocasião, tinham 04 e 09 anos. As menores teriam sido vítimas de estupro praticado pelo educador, no Colégio Estadual São Pedro (CSP), em Macarani.
Na época, a Justiça expediu mandado de busca e apreensão na residência do professor, mas nenhuma prova que o incriminasse foi encontrada na casa. Ele, no entanto, continuou sendo alvo de investigação, sendo indiciado, dias depois, por estupro e pedofilia.
Luís Carlos e a viúva, Renata Almeida |
Naquele mesmo ano, José Carlos pediu licença de suas funções como professor de Química e Física e foi embora da cidade, em companhia da esposa Renata. O casal estava morando há dois anos em Santa Cruz da Vitória.
O professor não chegou a ser preso pelas acusações de pedofilia, mas estas denúncias deixaram marcas em seu legado de professor exemplar, competente, dedicado e querido entre os alunos. Manchas que serão sempre lembradas em sua cidade natal, sobretudo pelas duas meninas e suas respectivas famílias que dizem ter sido marcadas por um crime supostamente praticado pelo educador. Se verídico, são marcas que essas meninas vão carregar por uma vida inteira, marcas que borracha nenhuma podem apagar, marcas e traumas que a perseguirão em cada sala que elas entrarem, porque estarão sempre estampadas em um "quadro negro".
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