sábado, 19 de fevereiro de 2022

Sobrevivente de ataque em escola de Suzano morre tentando salvar gato em SP

Um jovem de 18 anos, que sobreviveu ao massacre na escola Raul Brasil, em Suzano (SP), morreu após levar um choque elétrico tentando resgatar a gata da própria família, que tinha subido no telhado do vizinho.

Rosnei Marcelo Grotewold Júnior, que morava em Poá, teria encostado na fiação elétrica da rua ao tentar resgatar o animal, na última terça-feira (15).

O socorro chegou a ser acionado e manobras de reanimação foram aplicadas, mas o jovem teve morte declarada ainda no local.

"Estamos sendo fortalecidos por Deus", afirmou o pai de Rosnei, o pastor Sergio Luciano, em conversa com o UOL. Ele confirmou que o filho era um dos sobreviventes do massacre que deixou oito pessoas mortas em 2019.

Na ocasião, Rosnei teria ficado sob a mira de um dos atiradores, que acabara de ficar sem munição, o que permitiu a fuga dele.

Tudo você fez por amor à sua gata, meu filho. Deus já te recompensou. Descanse em paz.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o caso foi registrado como morte acidental na Delegacia de Poá. Uma perícia foi solicitada pelo órgão no local da morte.

A gata da família não foi eletrocutada e sobreviveu. O corpo de Rosnei foi sepultado na última quarta-feira (16).

Abraço coletivo, dias após o crime, em março de 2019, no prédio da escola estadual Raul Brasil, em Suzano

Massacre de Suzano

Conhecido como o segundo maior ataque em escolas brasileiras, o massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), deixou dez mortos entre alunos e funcionários. As dezenas de tiros foram efetuadas pelos ex-alunos Guilherme Taucci Monteiro, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25, durante o recreio.

A escola deixava o portão aberto para comunidade, de modo que os jovens puderam acessá-la sem qualquer problema. Guilherme e Luiz tentavam imitar o massacre da escola de Columbine, no estado americano do Colorado, ocorrido em 1999, quando dois alunos assassinaram 13 pessoas e feriram 24.

Eles invadiram salas e deixaram 11 pessoas feridas, usando revólver calibre 38 e um machado. Depois dos disparos contra os alunos, Guilherme atingiu um policial à paisana e seu comparsa Luiz. Ao final, o jovem cometeu suicídio. //uol


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