"Eu só bebo cerveja puro malte!", disse aquele entusiasta de cerveja. Você já deve ter ouvido essa frase por aí em referência à qualidade da bebida. Mas, trago notícias: o termo "puro malte", é, na verdade, puro marketing.
Para uma cerveja ser denominada puro malte nas leis brasileiras, de acordo com o decreto nº 6.871 de 2009, ela deve ter, na parte dos grãos de sua composição, 100% de malte de cevada como fonte de açúcares. Ou seja: não deve conter nenhum outro cereal em sua fórmula.
Por exemplo: uma Weissbier que contenha malte de cevada e malte de trigo na receita não é considerada puro malte pelas nossas leis. O mesmo vale para cervejas com malte de centeio, malte de aveia e qualquer outro grão maltado.
No entanto, a qualidade da cerveja não é consequência da presença de malte de cevada ou de qualquer outro ingrediente isolado. Em muitos estilos de cervejas das escolas belga, alemã e inglesa, por exemplo, o uso de cereais não maltados é imprescindível para trazer características determinantes de um estilo, bem como sabores, sensações e complexidade.
Uma boa Witbier, por exemplo, leva em sua composição flocos de trigo ou malte do mesmo cereal. Para dar mais corpo e suavidade a uma cerveja, é comum também adicionar aveia, ingrediente muito usado nas tradicionais Stouts inglesas.
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