O Ministério Público de São Paulo ingressou nesta terça-feira (11) contra 13 pessoas que participaram do passeio de motos com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), na capital paulista em 12 de junho de 2021, durante as medidas de restrição impostas pelo governo paulista para conter a disseminação do coronavírus.
Na ação civil pública, o promotor Arthur Pinto Filho, da Promotoria de Direitos Humanos da Capital, afirma que as autoridades federais, os organizadores do evento, o presidente, seus ministros e integrantes de sua base de apoio, “desrespeitaram leis e decretos em vigor para atenuar a disseminação da Covid-19, estimulando aglomerações e dispensando o uso de máscara”.
No pedido feito à Justiça, a promotoria pede a condenação dos acusados e o pagamento de multas que totalizam cerca de R$ 2,1 milhões.
Entre os nomes alvos da ação do MP estão o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (Novo), Jarkson Vilar da Silva (organizador do evento), Marcelo Fernandes Bella, Tomé Abduch (empresário), Estevam Hernandes Filho (bispo da Igreja Renascer em Cristo), Renata Vaz Quesada Vilar da Silva, Max Guilherme Machado de Moura, Mosart Aragão Pereira, Waldir Luiz Ferraz, Carlos Alberto Maciel Romagnoli, Luiz Fernando Valente de Souza Marcondes, Adriana Mangabeira Wanderley e Lucas Moura de Oliveira. O g1 tenta o contato da defesa dos citados.
O presidente Jair Bolsonaro e os ministros do governo dele que participaram do evento não foram incluído no processo por causa do foro especial, que só permite que autoridades federais sejam acionadas na Justiça pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Para a Promotoria, “os requeridos descumpriram e incentivaram massa de pessoas a violar tais deveres, gerando sério prejuízo à saúde da população paulista”.
Na motociata realizada em São Paulo, o presidente foi multado pelo governo paulista em R$ 552,71 por não utilizar máscara.
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