O Conselho Estadual de Saúde da Bahia, órgão que faz parte do Conselho Nacional de Saúde e que tem como função fiscalizar o Sistema Único de Saúde, criticou a decisão do governo da Bahia de prorrogar até 14 de janeiro a autorização para que sejam realizados eventos com até 5 mil pessoas no Estado.
O conselho estadual afirma que é o momento de rever as flexibilizações, levando em conta fatores como a disseminação da influenza, os reflexos das enchentes e o aumento de casos de Covid-19 por consequência de aglomerações nas festas de fim de ano.
“Os surtos de Covid-19 em cruzeiros nos mostraram bem o que ocorre em aglomerações e festas. O navio que atracou em Salvador tinha mais de 3,8 mil viajantes. As festas poderão ter 5 mil pessoas em espaços confinados e sabemos que ninguém fiscaliza direito o uso de máscaras nesses eventos”, diz Marcos Sampaio, presidente do CES-BA.
“O atual decreto amplia a nossa convivência com o vírus”, completa Sampaio, que recomenda que as prefeituras discutam a revisão da medida de Costa em suas cidades.
Publicado no Diário Oficial da Bahia, o decreto do governo Rui Costa (PT) autoriza eventos como cerimônias de casamento, circos, parques de exposições, festas de formatura, feiras, passeatas, entre outros. Nas regiões em que a taxa da ocupação de leitos se mantenha por cinco dias consecutivos superior a 75%, o limite cai para 100 pessoas por evento.
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