As lojas e comércio de rua voltaram a funcionar no Centro de Itabuna, no sul da Bahia, depois das enchentes provocadas pelas chuvas que atingiram a região nos meses de novembro e dezembro. Apesar do prejuízo estimado em cerca de R$ 50 milhões, comerciantes acreditam na retomada da economia.
Estabelecimentos na avenida Cinquentenário, que chegou a registar alagamentos com água no teto de alguns imóveis, retomaram a normalidade.
Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), cerca de duas mil lojas e serviços foram afetados na cidade.
“Nosso prejuízo não é somente a questão material. São esses dias todos que certas empresas que tiveram as instalações danificadas estão sem poder funcionar. Hoje temos cerca de 90% das empresas atingidas já reabriram suas portas. Mas tem ainda 10% das que realmente tiveram as instalações totalmente danificadas”, disse Carlos Leahy, presidente da entidade.
O comerciante Wehbe Neme era criança em 1967 e estava com o pai no estabelecimento durante a chuva que provocou um alagamento histórico na avenida. Agora, mais de 50 anos depois, administra a mesma loja e não imaginou que presenciaria uma enchente na mesma proporção.
“Estávamos em festa de natal, uns dormindo, outros passeando. Quando me avisaram que a água estava na avenida, eu imaginava um palmo [de altura]. Quando vi, estava um metro”, comentou.
Cerca de 15 dias após a enchente do Rio Cachoeira, a marca da água ainda está na parede de algumas lojas. Imagens feitas em um comércio de roupa mostram o espaço completamente alagado. Funcionários conseguiram recuperar quase todos os produtos, mas a estrutura de ferro foi danificada.
Comerciantes e prestadores de serviço estão tendo acesso a linhas de créditos especiais e outros benefícios para que as atividades sejam retomadas e normalizadas.
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