Cinco pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual (MP) na sexta-feira (15), por fraude de documentos, falsidade ideológica, fraude processual, tentativa de estelionato e corrupção passiva. Este é mais um desdobramento da "Operação Inventário", que apura fraudes em processos em trâmite na Justiça baiana para beneficiar não herdeiros.
Os crimes teriam sido praticados por uma organização criminosa formada por advogados, servidores públicos e outras pessoas, responsáveis por falsificação de documentos. As investigações começaram no ano de 2020, quando foi realizada a primeira fase da operação.
Após a apuração, feita pelo Grupo de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais, foi pedida a condenação dos seguintes réus: Daniel Campos Carneiro Mehlem, Fábio Almeida, Heliana Souza Gonçalves, João Carlos Santos Novaes e Lúcio Flávio Duarte de Souza. Três deles já tinham sido denunciados em setembro deste ano.
De acordo com o órgão, os denunciados conseguiam obter dados de contas bancárias "inativas" em instituições financeiras, criavam documentos de falsos herdeiros, elaboravam petições e garantiam todos os trâmites judiciais na 11ª Vara de Família, Sucessões, Órfãos, Interditos, Ausentes de Salvador.
Durante as investigações, o MP apreendeu, em cumprimento de mandados judiciais, mais de 120 cartões em nome de terceiros e empresas, além de computadores, celulares e outros equipamentos tecnológicos. Na custódia de um dos investigados foram encontradas três carteiras de criptoativos, no total de 522 bitcoins, que correspondem a um valor aproximado de R$ 140 milhões.
Também foram apurados indícios de crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, fraude processual e uso de documento falso.
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