Nos últimos cinco anos, 12 mil armas de fogo usadas originalmente por empresas de segurança foram perdidas no Brasil. De acordo com reportagem do jornal El País, isso significa que uma média de sete armas desapareceram por dia e, provavelmente, acabaram nas ruas de maneira irregular.
Segundo números obtidos pelo jornal espanhol com a agência de dados Fiquem Sabendo, a quantia, entretanto, pode ser ainda maior, já que especialistas apontam que há subnotificação.
O presidente da Control Arms, coalizão internacional de organizações ligadas ao tratado de Genebra sobre comércio de armas, o extravio de armas precisa ser melhor investigado, especialmente quando há suspeita de padrão ou repetição de sumiço na mesma empresa.
“É inadmissível que uma empresa que tenha autorização para operar e estocar grandes quantidades de armas de fogo e munição perca esse material nessa quantidade e nessa frequência. A reiterada perda de armas por vigilantes, negligência no controle de arsenais ou seu manejo precário na ocasião de falências dessas empresas tem sido recorrente no Brasil, criando um canal direto de migração de armas legais ao mercado ilegal”, criticou.
A Polícia Federal, responsável por controlar o setor, não respondeu quantas delas foram recuperadas nem quais os resultados das investigações desses sumiços. Atualmente, existem 246.511 armamentos nas mãos de funcionários de 3.603 empresas de segurança no país.
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