Relator do processo que pode cassar o mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ), o deputado Alexandre Leite (DEM-SP) acusou a parlamentar fluminense de usar mandato para coagir testemunhas. A sessão que definirá o destino de Flordelis, nesta quarta-feira (11), já foi iniciada. A deputada é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do homicídio do marido, o pastor Anderson Gomes, crime ocorrido em junho de 2019, em Niterói-RJ.
No conselho de ética, a recomendação pela perda do mandato foi definida por 16 votos contra 1.Em seu pronunciamento no plenário, Alexandre Leite defendeu que a deputada cometeu quatro condutas que podem ser punidas pelo Código de Ética da Câmara dos Deputados, entre elas a manipulação e falseamento dos fatos e a tentativa de transferência de responsabilidade para seus filhos.
O relator ressaltou que a decisão sobre a autoria do homicídio caberá ao Tribunal de Juri, mas Flordelis “mentiu para o Conselho de Ética referente a fato grave e diretamente relevante ao homicídio: o fato da compra da arma”, disse.
A defesa ainda vai apresentar seus argumentos na sessão plenária da Câmara. Flordelis nega envolvimento no crime. “Não cometi crime nenhum”, assegurou, em uma entrevista a O Globo. “É uma acusação sem nenhum fundamento, sem nenhuma prova”, afirmou.
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