quarta-feira, 28 de julho de 2021

Três ciganos suspeitos de envolvimento nas mortes de PMs morrem em confronto

Três ciganos suspeitos de envolvimento nos assassinatos do tenente Luciano Libarino Neves e do soldado Robson Brito de Matos, em Vitória da Conquista, no dia 13 de julho deste ano, morreram na tarde desta quarta-feira (28), em confronto com policiais, na cidade de Anagé, cidade no sudoeste da Bahia.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), os ciganos foram encontrados, às margens do rio Gavião, após uma denúncia anônima que relatava a presença de homens armados.

De acordo com a SSP-BA, equipes da 79ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) e da Delegacia Territorial (DT) foram até o local onde aconteceu o confronto.

O órgão de segurança pública informou que os três terminaram feridos, foram socorridos e levados para o Hospital de Anagé, mas não resistiram. Um quarto cigano, que também participou do confronto, conseguiu escapar do cerco montado pelos policiais e é procurado.

Além das represálias nas comunidades, policiais também têm ameaçado famílias ciganas nas redes sociais. Em uma publicação que viralizou na internet, um deles publicou que a comunidade "vai sentir o cajado forte".

Para o ICB, a publicação se trata de uma "grave violação de Direitos Humanos" e que "representantes da Segurança Pública da Bahia estão expressando seu desejo de matar".

O G1 também questionou à PM se o policial que fez as ameaças já foi identificado, e se a polícia pretende tomar alguma atitude com relação a esse comportamento, mas a PM não respondeu.

A SSP informou que com o trio, os policiais recuperaram a pistola calibre 40 do tenente Luciano Libarino, roubada após ele ser morto.

No dia 19 de julho, o Instituto de Ciganos do Brasil (ICB) emitiu uma nota pedindo intervenção do poder público, em Vitória da Conquista, após a morte dos dois policiais. A comunidade afirma que vem sofrendo represálias desde então.

De acordo com a delegacia que investiga o caso, a suspeita é de que o crime tenha sido cometido por pessoas que fazem parte da comunidade cigana. Por causa disso, os povos de pelo menos três etnias ciganas diferentes têm sofrido represálias de policiais militares, que têm causado pânico entre eles.

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