A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira em Juazeiro, a Operação Negócio da China II, com o propósito de combater o comércio e o uso de agrotóxicos importados ilegalmente da China e posteriormente falsificados por pessoas físicas e jurídicas brasileiras.
De acordo com a PF, as investigações se iniciaram em 2015, quando se identificou um grupo criminoso que promovia o contrabando de agrotóxicos de origem chinesa na forma líquida por intermédio de navios usados para a exportação de mangas.
Após serem contrabandeados, esses agroquímicos eram misturados artesanalmente com defensivos agrícolas de origem brasileira e, em seguida, reenvasados com embalagens nacionais reaproveitadas, tudo isso com o fim de conferir aparência de licitude ao comércio dos produtos.
Em junho de 2020, as investigações permitiram a apreensão de 1000 litros de um fito-regulador de crescimento bastante utilizado no cultivo de manga. O produto contrabandeado tinha saído de uma empresa química do interior de São Paulo e destinado a uma empresa de importação e exportação sediada em Petrina/PE.
O desenrolar da investigação permitiu identificar o modus operandi do grupo e foi fundamental para sua desarticulação. O grupo criminoso investigado era formado por pessoas físicas e jurídicas ligadas ao comércio de produtos voltados à fruticultura.
Estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, sendo três em Juazeiro, nove em Petrolina (PE ) e dois em Jaboticabal(SP). Se comprovadas as suspeitas, os investigados responderão por contrabando e dois outros crimes ambientais (art. 334-A, §1º, do Código Penal, no art. 15 da Lei nº 7.802/89 e no art. 56 da Lei nº 9.605/98), cujas penas, se somadas, podem chegar a 13 anos de reclusão.
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