Primeira vereadora trans eleita em Niterói (RJ), a vereadora Benny Briolly (PSOL) decidiu deixar o Brasil por um tempo por causa de constantes ameaças que vem recebendo contra sua integridade física.
Por meio de comunicado oficial, a parlamentar reforçou que sofre ameaças de agressão desde dezembro do ano passado, antes mesmo de ser empossada na Câmara de Vereadores.
Em uma das ameaças, Benny recebeu um email que citava o seu endereço e exigia a renúncia. “São incontáveis as agressões que sofre nas ruas e nas redes”, informou a assessoria de comunicação.
Uma das principais ameaças que fez com que a vereadora decidisse se mudar, temendo sua vida, ocorreu nas redes sociais, segundo informações da Folha de S.Paulo. Em uma postagem, desejaram que “a metralhadora do Ronnie Lessa” a atingisse.
PM reformado, Lessa é acusado pelo assassinato de Mariele Franco, que também foi vereadora pelo PSOL. “As instituições que atuam na proteção de defensoras de direitos humanos e têm acompanhado esses acontecimentos estão cada vez mas preocupadas com o aumento do risco”, disse o comunicado sobre a saída de Benny do país.
Enquanto estiver fora, a vereadora continuará acompanhando as sessões plenárias da Câmara, que são virtuais por causa da pandemia da Covid-19. A equipe dela seguirá trabalhando, inclusive na Comissão de Direitos Humanos, da Criança e do Adolescente, presidida por Benny.
Além dela, outras parlamentares do PSOL têm sofrido ameaças pelo Brasil. Uma delas é a vereadora paulistana Erika Hilton. Ela chegou a ser ameaçada de morte e teve seu gabinete atacado por vândalos.
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