Pelo segundo ano consecutivo, os festejos juninos estão suspensos na Bahia. Em Ibicuí, na região sul, as perdas em volume de negócios chegam a cerca R$ 5 milhões por causa do cancelamento, segundo informações da prefeitura municipal. A cidade é uma das mais procuradas no estado, nesta época do ano.
Segundo o prefeito de Ibicuí, Marcos Galvão, o prejuízo é imenso para a cidade. "Vamos para o segundo ano que Ibicuí não se veste para o São João. Quem conhece nossa cidade e nossa história, sabe como ela se prepara e se transforma para os festejos juninos. É triste", comenta.
Quem também sentiu o impacto do cancelamento do São João foi o motorista Davi Malta. Ele alugava casas para turistas durante o período. "Com a falta desse dinheiro as contas apertam, porque já fazia uma programação com o dinheiro do São João", explicou.
Já o funcionário público Cláudio Carvalho de Oliveira conta que montava barracas de bebidas nas festas juninas há pelo menos 15 anos. Ele diz que o valor arrecadado em junho superava a renda obtida com o trabalho formal, durante todo o ano.
"O período junino chega a ser mais lucrativo do que o trabalho de todo o ano. Então está fazendo muita falta", disse o funcionário público.
O corretor de imóveis Edson Mendes disse que conseguiu alugar 56 imóveis para turistas em 2019, último ano de realização da festa. "São João aqui chega a 100% a procura de imóveis para alugar. Fora dessa época, praticamente a taxa é zero. Então é uma época que me assegurava um certo valor", lamenta.
Os festejos juninos não serão permitidos na Bahia por causa da pandemia Covid-19. A decisão foi anunciada na semana pelo governador Rui Costa, que afirmou também que o transporte intermunicipal será suspenso entre os dias do São João e São Pedro, para evitar aglomerações no interior. G1/Bahia
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