terça-feira, 25 de maio de 2021

Ibicuí registra prejuízo de R$ 5 milhões por causa do cancelamento dos festejos em 2021

Pelo segundo ano consecutivo, os festejos juninos estão suspensos na Bahia. Em Ibicuí, na região sul, as perdas em volume de negócios chegam a cerca R$ 5 milhões por causa do cancelamento, segundo informações da prefeitura municipal. A cidade é uma das mais procuradas no estado, nesta época do ano.

Segundo o prefeito de Ibicuí, Marcos Galvão, o prejuízo é imenso para a cidade. "Vamos para o segundo ano que Ibicuí não se veste para o São João. Quem conhece nossa cidade e nossa história, sabe como ela se prepara e se transforma para os festejos juninos. É triste", comenta.

Quem também sentiu o impacto do cancelamento do São João foi o motorista Davi Malta. Ele alugava casas para turistas durante o período. "Com a falta desse dinheiro as contas apertam, porque já fazia uma programação com o dinheiro do São João", explicou.

Prejuízo econômico de Ibicuí chega a R$5 milhões por causa do cancelamento dos festejos juninos na Bahia, diz prefeitura — Foto: Reprodução/TV Bahia

Já o funcionário público Cláudio Carvalho de Oliveira conta que montava barracas de bebidas nas festas juninas há pelo menos 15 anos. Ele diz que o valor arrecadado em junho superava a renda obtida com o trabalho formal, durante todo o ano.

"O período junino chega a ser mais lucrativo do que o trabalho de todo o ano. Então está fazendo muita falta", disse o funcionário público.

O corretor de imóveis Edson Mendes disse que conseguiu alugar 56 imóveis para turistas em 2019, último ano de realização da festa. "São João aqui chega a 100% a procura de imóveis para alugar. Fora dessa época, praticamente a taxa é zero. Então é uma época que me assegurava um certo valor", lamenta.

Os festejos juninos não serão permitidos na Bahia por causa da pandemia Covid-19. A decisão foi anunciada na semana pelo governador Rui Costa, que afirmou também que o transporte intermunicipal será suspenso entre os dias do São João e São Pedro, para evitar aglomerações no interior. G1/Bahia

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