segunda-feira, 17 de maio de 2021

Gestante perde pai e morre após complicações da Covid-19; bebê também morreu

Gestante perde pai e morre após complicações da Covid-19. Bebê também morreu

A Covid-19, que destrói famílias, também impede que outras sejam formadas. Morreu na madrugada de sábado (15) a gestante Natália de Siqueira, de 30 anos. No mesmo dia, a filha, Olivia, que havia nascido em uma cesariana de emergência, também morreu. Natália estava internada no Hospital Beneficente Unimar (HBU) em São Paulo. Foram mais de 40 dias lutando pela vida dela e do bebê.

O caso provocou solidariedade e comoção nas redes sociais, onde a família informou os amigos dos dias dramáticos. Natália, que era tecnóloga de alimentos, perdeu o pai para a Covid-19, durante um tratamento de câncer. O idoso tinha 68 anos e, já debilitado pela doença, contraiu Covid-19. “Dois dias depois da morte do nosso pai, a Natália teve que ser internada. Ela estava grávida de cinco meses. Ela teve dias muito ruins e na sexta-feira da semana passada ela estava acordada, fazia alguns gestos, queria até beijar o noivo dela”, conta a irmã, a agente de saúde Patrícia Brollo.

A família relata que a jovem teve piora no estado de saúde a partir de quarta-feira (12). Foi quando a equipe médica decidiu que era melhor fazer o parto. Segundo o site Marília Notícias, a bebê Olívia nasceu com pouco mais de 600 gramas, um caso extremo de prematuridade. Natália sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. O noivo dela, Renato Serrano, expressou a dor de ter a família impedida de se formar. Compartilhou também, pelas redes sociais, a esperança em ter a filha no colo e pode cuidar dela. A criança lutou pela vida e teve a morte confirmada por volta das 22h deste sábado (15).

Apaixonada por gatos, intransigente com maus tratos a animais, Natália será lembrada como uma jovem sensível, esforçada em seus projetos pessoais, que sonhava em construir uma família. Patrícia – aniversariante neste dia 14, data em que a irmã morreu – chama a atenção para o fato de que Natália amava comemorações de aniversário. “Era foi uma menina batalhadora, amava seus gatinhos, que eram tratados como bebês Ela era marrenta também. A gente tinha certeza que ela ia sair dessa”, afirma a agente de saúde. O corpo de Natália e do bebê foram autorizados para velório, porém, com horário restrito. O sepultamento foi marcado para às 10h30 deste domingo.

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