O empresário de Ubatã Eugenildo de Almeida Nunes, popularmente conhecido como Genildo, foi encontrado morto na manhã deste sábado (03), na residência onde morava, localizada no bairro Esperança, naquela cidade.
Genildo era considerado um dos empresários mais ricos e influentes do sul da Bahia. Seu ramo de negócios variava em produtos e serviços, já que investia em setores diversos, como material de construção, postos de combustíveis, fazendas de gado, hotelaria, mercado financeiro, imobiliário, dentre outros.
As informações são de que Genildo cometeu suicídio. Uma arma de fogo foi encontrada ao lado do corpo, assim como uma carta em que ele relata a motivação do ato de desespero, em que destaca: “Não sou esse monstro”.
O empresário vinha enfrentando graves e recentes denúncias que resultaram na Operação Cilada, realizada pelo Ministério Público e por agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Neste caso, Genildo vinha sendo acusado de crimes sexuais contra adolescentes em Ubatã. (Relembre aqui). Na carta de despedida, o empresário acusa o pai destas adolescentes, de extorqui-lo.
Contudo, essa não foi a primeira vez que o empresário envolvia-se em casos policiais. Em 2008, por exemplo, foi acusado de sonegar impostos de cerca de R$ 54 milhões. Na ocasião, agentes da Polícia e da Receita Federal realizaram uma megaoperação em Ubatã. Todos os bens do empresário foram bloqueados pela 2ª Vara Criminal, a pedido do Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA). Segundo o MPF, Genildo criou uma rede de pessoas jurídicas “frias”, com uso do nome de diversas pessoas na condição de “laranjas”, inclusive seus empregados, sem que eles tivessem conhecimento da fraude.
Informações exclusivas repassadas ao Verdinho Itabuna
Um dos funcionários de Genildo, conversou com o Verdinho Itabuna. Ele contou que além da depressão, o empresário vinha lutando contra um câncer de pele, descoberto recentemente. O colaborador relatou também que, em 2008, quando Genildo teve os primeiros problemas com a justiça, ele teria dito a alguns funcionários, que, antes de ser preso, tiraria a própria vida.
As denúncias mais recentes de cunho sexual, portanto, podem ter contribuído substancialmente para a decisão do empresário de tirar a própria vida. O caso obteve significativa repercussão em Ubatã e região sul da Bahia. Genildo deixa três filhas.
Matéria atualizada às 22h36
O velório de Genildo está sendo realizado desde às 17h, no templo da Primeira Igreja Batista de Ubatã, de acordo com familiares, e se estenderá por toda a noite. Na manhã deste domingo haverá um culto de despedida, e em seguida, o enterro.
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