A Polícia Civil prendeu 13 pessoas ligadas a uma organização de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na manhã desta terça-feira (23). As prisões ocorreram em Belo Horizonte, Contagem, na Grande BH e nos municípios de Itinga e Itaobim, ambas localizadas na região do Vale do Jequitinhonha.
As ações fazem parte da Operação Babilônia, que combate organizações de tráfico e lavagem de dinheiro que atuam em Minas Gerais. Ao todo, os policiais cumprem 23 mandados de busca e apreensão, sendo 15 em Belo Horizonte e região metropolitana e oito no interior do Estado.
Ainda foram emitidos 87 mandados de busca e apreensão de veículos e uma ordem judicial para que seja bloqueado o montante de até R$ 8,7 milhões na conta dos participantes.
De acordo com o delegado Daniel Araújo, o dinheiro oriundo do tráfico de drogas era usado pelos criminosos para a criação de empresas de fachada, responsáveis por tornar o dinheiro "legal".
— Essa organização tinha o hábito de traficar drogas "no atacado". O objetivo era conseguir que a droga fosse remetida pelos países fronteiriços com o Brasil, onde ela é produzida e chegasse até Minas. Ao chegar, quem a adiquiria para fornecer ao usuário final teria que pagar a essa organização algum valor. Esse valor precisava entrar no sistema e já na parte do lucro tinha de ter uma aparência de licitude. Eles criavam as organizações de fachada dessa forma.
Entre os presos, está o principal operador financeiro da organização. Ele foi detido no Bairro da Graça, em Belo Horizonte.
— Começamos hoje a fase ostensiva de uma investigação de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ao longo da experiência de trabalho, os criminosos se preocupam mais com o patrimônio do que com a própria liberdade. Então o Judiciário Legislativo nos municiou com novas ferramentas de trabalho, que nos permitem não só cercear a liberdade dos autores, como também apreender valores e patrimônios para que esses valores sejam revertidos para o Estado.
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