Fundação Fernando Gomes emite nota divulgando o fechamento da Maternidade da Mãe Pobre

Nesta quarta-feira, a Fundação Fernando Gomes, em Itabuna, emitiu uma nota pública para anunciar que fechará as portas da Maternidade Ester Gomes, conhecida popularmente como Maternidade da Mãe Pobre. Confira, na íntegra, a nota:

A Fundação Fernando Gomes vem a público registrar que não haverá mais atendimento na Maternidade Ester Gomes a partir de 00:00 h do dia 18/03/2021, tal se dando em função das vocalizações da Dr.ª Lânia Peixoto, atual Sub-Secretária de Saúde do município de Itabuna, havidas no dia de hoje perante todo o Conselho Municipal de Saúde, onde se formalizou, mediante a exibição de ofício assinado pela Secretária municipal de Saúde Lívia Mendes, que o Hospital Manoel Novaes absorveria toda a demanda de pediatria e obstetrícia que lhe seria deslocada.

Aproveitamos a oportunidade para esclarecer que a nossa legislação excepciona a saúde pública dos rigores ordinários para a contratualização de prestadores, todavia, o que restou oficializado foi o propósito de arrendar a instituição para que os mesmos serviços sejam prestados por uma outra organização social, o que aumenta a gravidade da situação porque nessa modelagem só se aumentarão os custos, cabendo relembrar que a inexistência de contrato e de convênio não impediu a manutenção dos atendimentos pediátricos e obstétricos por parte da Maternidade da Mãe Pobre, nem muito muito menos o recebimento pelo município de Itabuna dos repasses do Estado da Bahia para essas específicas destinações.

Lamentamos a insensibilidade da atual gestão, que, prometendo abrir o Hospital São Lucas, inicia fechando outra unidade de saúde, e, o que é pior, num momento onde os atuais números da pandemia do covid-19 alcançam patamares verdadeiramente assustadores, sem esquecer que, por conta dela, se extinguirão imediatamente mais de 100 (cem) postos de trabalho diretos numa instituição que, nos seus mais de 30 (trinta) anos de relevantes serviços prestados, se notabilizou por amparar a camada menos favorecida da sociedade grapiúna, tendo realizado mais de 100.000 (cem mil) partos nessa longa caminhada.