quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Justiça mantém condenações de empresário e ex-secretários acusados de fraudes em licitações na cidade de Ilhéus

 Jamil Ocké (à esquerda) junto com Kácio Clay (à direita), foram presos em Ilhéus em operação que apurava fraudes em licitações — Foto: Imagem/TV Globo

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) manteve, nesta terça-feira (9), a condenação do empresário Enoch Andrade Silva e dos ex-secretários de Desenvolvimento Social de Ilhéus, Kácio Clay Silva Brandão e Jamil Chagouri Ocké - que foi eleito vereador.

Eles foram presos em 2017 durante a “Operação Citrus”, deflagrada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e que apura fraudes em licitações. Entretanto, a ação não detalhou se em algum momento eles foram soltos para responderem em liberdade.

Segundo o Ministério Público da Bahia, as penas de condenação dos denunciados foram mantidas por unanimidade pela 2ª Turma da 1ª Câmara Criminal do TJ-BA, acatando o voto proferido no último dia 15 de dezembro pelo relator do processo, desembargador Abelardo da Mata. Não há detalhes de se os acusados recorreram da decisão.

Foi mantida integralmente a sentença de primeira instância, que condenou o empresário Enoch Andrade Silva a 11 anos e 11 meses de prisão e os ex-secretários de Desenvolvimento Social do Município de Ilhéus (Sedes), Jamil Chagouri Ocké e Kácio Clay Silva Brandão, a nove anos de reclusão por crimes de fraudes em licitações.


Operação

Ocké e Brandão foram presos durante a operação do MP, em março de 2017. Eles tiveram a prisão preventiva decretada por suspeita de envolvimento no esquema. Os dois e outros sete são investigados pelas fraudes em licitações de compra de materiais de escritório e alimentos para a prefeitura de Ilhéus, entre 2009 e 2016.

Por causadas fraudes, escolas municipais receberam, no ano passado, carnes vencidas desde 2014 que seriam utilizadas para merenda escolar. O alimento, no entanto, não chegou a ser distribuído para as crianças porque o Ministério Público da Bahia descobriu a irregularidade.

Enquanto o grupo fraudava licitações e superfaturava contratos municipais, escolas de Ilhéus permaneciam com problemas de infraestrutura e alunos sem alimentação.

Na época, a prefeitura de Ilhéus informou, em nota, que a operação do MP não tem relação com a atual administração. De acordo com a gestão do município, os mandados de busca e apreensão são referentes ao período de gestões anteriores, entre 2009 e 2016.

A Câmara dos Vereadores também emitiu uma nota e informou que colaborou com a operação prestando todas as informações necessárias. De acordo com o MP-BA, a investigação começou em 2015, mas o grupo já atuava desde 2009. G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário