Após a prefeitura de Vitória da Conquista divulgar uma nota oficial informando que não irá cumprir o novo decreto anunciado pelo governador da Bahia Rui Costa (PT) no domingo (21), que antecipa o início do horário do toque de recolher para as 20h a partir de hoje (22) até o dia 28, o gestor afirmou que 'a Polícia Militar e a Polícia Civil vão fazer cumprir o decreto estadual' no município.
Segundo Rui, antes de editar a medida, foram feitas reuniões com União dos Municípios da Bahia (UPB) e com diversos prefeitos, inclusive com a vice-prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (DEM), que esteve de acordo com a determinação. Ela está a frente da administração da cidade enquanto o prefeito Herzem Gusmão está afastado, internado com coronavírus. "Não foi essa a informação que ela me deu ao telefone", revelou.
"Todos aqueles que estiverem funcionando após as 20h, bares restaurantes ou qualquer outro serviço não essencial, os seus proprietários serão conduzidos e será registrado crime contra a saúde pública", afirmou o governador. "Então o decreto será cumprido e eu já pedi o máximo de rigor das Polícias Civil e Militar em Vitória da Conquista. Também vão ser feitas blitz em várias ruas e localidades da cidade", completou.
Segundo o representante estadual, Conquista está com quase 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 ocupados. "Ontem mesmo a [vice] prefeita me disse que só tem três leitos disponíveis", disse. De acordo com ele, a cidade tem, ao todo, 70 leitos da categoria, sendo 60 do governo do estado e apenas 10 contratados pelo município de Vitória da Conquista.
"Esta não é uma boa hora para fazer política, esta é uma boa hora para cuidar da vida humana. Os negócios, as empresas, podem, e precisam, suportar essa nova restrição de horário", falou. "Eu vi as imagens, ontem, de Vitória da Conquista no final da tarde e início da noite: os bares lotados, todo mundo sem máscara, assistindo a partidas de futebol", afirmou. "Isso não é possível. Nós estamos vivendo a maior pandemia dos últimos 100 anos, a humanidade não passa por isso há muito tempo, e as pessoas não podem se dar o privilégio de, enquanto temos pessoas morrendo, os leitos se esgotando, acharem que podem se aglomerar em bares e restaurantes sem máscara e espalhando o vírus para outras pessoas", exprimiu.
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