A corrida pela imunização contra a Covid-19 mobiliza a rede privada de saúde. Em meio a indefinições do Ministério da Saúde, a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) articula a compra de 5 milhões de doses do imunizante Covaxin, produzido pelo laboratório Bharat Biotech, da Índia.
Nesta segunda-feira (04/01), uma delegação da entidade, que representa 200 associadas, embarca para a Índia com a missão de conhecer detalhes do imunizante. A importação do produto não produzirá desfalque à rede pública — o governo brasileiro não mantém negociações com o laboratório indiano.
No sábado, o produto recebeu aval para uso emergencial na Índia, o que foi criticado por parte da comunidade científica do país, sob argumento de falta de transparência nos estudos. A taxa de eficácia da Covaxin não foi divulgada. A fase 3 dos testes ainda está em andamento. A associação brasileira acredita que a pesquisa pode ser concluída ainda em janeiro.
O governo brasileiro segue apostando no imunizante da AstraZeneca/Universidade de Oxford. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação de 2 milhões de doses da vacina, e a carga pode chegar ao país este mês. O produto ainda não recebeu autorização para uso emergencial.Enquanto isso, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia criou barreiras para a exportação de agulhas e seringas. Desde 1º de janeiro, passou a exigir uma licença especial para autorizar a venda ao exterior. A medida foi tomada em meio à dificuldade do governo de comprar os insumos necessários para a campanha nacional de vacinação.
O Brasil se aproxima dos 200 mil óbitos por Covid-19. Domingo, o país chegou a 196.029 vítimas da doença, enquanto contabiliza 7,7 milhões de infecções confirmadas. No mundo, apenas nos dois primeiros dias de 2021 foram notificados mais de 1,1 milhão de novos casos — já são mais de 85 milhões de contágios e 1,8 milhão de mortes. *Com informações de O Globo
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