O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), por organização criminosa, em moldes semelhantes aos realizados pelo dois governadores anteriores. A estrutura e divisão de tarefas nos núcleos econômico, administrativo, financeiro-operacional e político são as mesmas, na avaliação do órgão.
Além de Witzel, a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, ofereceu denúncia também contra Helena Witzel, esposa do governador afastado; Lucas Tristão do Carmo, Gothardo Lopes Netto, Pastor Everaldo, presidente do PSC; Edson da Silva Torres, Edmar José dos Santos, Victor Hugo Amaral Cavalcante Barroso, Nilo Francisco da Silva Filho, Cláudio Marcelo Santos Silva, José Carlos de Melo e Carlos Frederico Loretti da Silveira, o Kiko.
Na denúncia oferecida ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), Lindôra requer a condenação por organização criminosa, previsto na Lei nº 12.850/2013; decretação da perda dos cargos públicos, em especial em relação a Witzel; e que seja paga indenização mínima de R$ 100 milhões. O valor corresponde a danos materiais e danos coletivos.
“A organização criminosa chefiada por Wilson Witzel é lastreada em três principais pilares, liderados por Mário Peixoto; Pastor Everaldo, Edson Torres e Victor Hugo; José Carlos de Melo”, destaca a subprocuradora-geral.
De acordo com a investigação, as atividades criminosas foram iniciadas em 2017, com a indicação de Witzel para concorrer ao governo do Rio de Janeiro. Ele teria recebido quase R$ 1 milhão.
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