quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Jovens que foram presos por tentativa de latrocínio na BA buscam refazer a vida após serem absolvidos por unanimidade

Dois jovens que ficaram presos por um ano e nove meses após serem acusados de participar de uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte), em Ilhéus, cidade do sul da Bahia, tentam retomar a vida depois que foram absolvidos por unanimidade pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

O assalto que motivou a prisão dos dois ocorreu no dia 8 de junho de 2018. Na ocasião, três pessoas foram rendidas. Um policial militar levou um tiro na coluna e ficou tetraplégico. As informações são do G1-BA.

Na madrugada do dia seguinte, Davi Batista Fernandes dos Santos, e Ueverton Freire de Santana, foram presos.

Na época, a defesa de um dos jovens afirmou que ele foi confundido com uma outra pessoa. Nessa mesma ocasião, um suspeito, com características semelhantes às de Davi, foi achado na cidade.

As famílias tentaram provar a inocência dos dois. Mesmo assim, eles foram condenados em novembro de 2018, a 22 anos de prisão. A absolvição saiu seis meses depois. Desde então, os jovens contam que as memórias do período em que passaram presos ainda são fortes. Além disso, eles afirmam que sentem vergonha e medo por causa da situação.

O advogado dos jovens pontuou que é um erro típico caso de erro judiciário. "Tudo começou com a investigação (policial). 

A fragilidade das provas colhidas no inquérito policial. No Tribunal de Justiça, no último dia 5 de março, nós fizemos a sustentação oral e conseguimos efetivamente convencer a todos os desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia, que participaram desse julgamento, incluindo o representante do Ministério Público no segundo grau, que realmente se tratava de um terrível erro judiciário. E assim, os acusados Davi e Ueverton foram absolvidos por unanimidade", detalhou o advogado dos jovens, Marcos Bandeira.

A mãe de Davi disse que, apesar de toda a situação que o filho passou na prisão, ele saiu um homem mais forte. Já a mãe de Ueverton disse que o filho não perdeu a esperança de dias melhores, mas que o medo tem atrapalhado a rotina de trabalho e estudos dele.

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