sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Caso Cátia Raulino: delegado diz que diplomas apresentados por suposta jurista são falsos

A suposta jurista Cátia Raulino foi ouvida mais uma vez pelo chefe da 9ª Delegacia Territorial, que fica na Boca do Rio, o delegado Antônio Carlos Santos, dentro do inquérito que investiga crimes cometidos por ela em Salvador. Ela é investigada pela prática de exercício ilegal da advocacia e por ter atuado como professora de Direito em universidades sem a titularidade necessária.

Em entrevista à Rede Bahia, o delegado afirmou que ela foi ouvida na manhã de hoje (24), decidiu ficar em silêncio e contou que só irá responder às acusações na Justiça. Ele confirmou que a Universidade Federal do Maranhão não encontrou vínculos com Cátia Raulino, que se apresentava como bacharel de direito com diploma da instituição. A situação se repetiu em outras titularidades investigadas pela polícia. 

"A partir do momento que ela não é bacharel em direito, praticamente todas as outras acusações que existem contra ela, e ela não pode refutar, passam a ter caráter de veracidade. Sendo assim ela vai responder por outros crimes. Estamos estudando o crime de falsidade ideológica, crime de estelionato, falsidade de documento público e particular. Estamos estudando também o plágio de outros alunos que foram ouvidos aqui nesta delegacia. É claro que a gente necessita de alguns documentos para poder ter uma comprovação mais eficiente para que a gente possa encaminhar ao MP-BA", afirmou ACM Santos. 

"Na investigação eu consegui um documento que ela utilizou para se candidatar ao emprego em uma universidade, o que me leva a crer que esse documento que foi entregue por ela, segundo essa universidade de Salvador, é um documento falsificado", declarou o delegado.

Ainda de acordo com o chefe da 9ª DT, será necessária mais uma semana para concluir a investigação contra a suposta jurista. 

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