A Globo enviou carta à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) rescindindo o contrato de transmissão da Copa Libertadores. A informação foi publicada pelo Uol. Em nota enviada pelo seu departamento de comunicação à reportagem, a emissora informa não ter tido alternativa "senão rescindir o contrato".
Ela afirma ter tentando renegociação dos valores a serem pagos, já que houve queda de receita causada pela pandemia da Covid-19, sem sucesso. A Globo e o SporTV, seu braço esportivo em canal por assinatura, são obrigadas a fazer pagamentos anuais de US$ 65 milhões pelos direitos de transmissão (R$ 347,2 milhões em valores atuais) para partidas em canal aberto e fechado.
O acordo é válido até 2022. A Globo adota com a Conmebol o mesmo procedimento que teve com a Fifa. A empresa tentou negociar com a entidade os pagamentos do contrato de US$ 600 milhões (R$ 3,2 bilhões). Sem acordo, entrou na Justiça para evitar a quitação da parcela de US$ 90 milhões (R$ 480,8 milhões) que tinha de ter sido feita no final do junho deste ano.
A disputa coloca em risco a transmissão pela emissora da Copa do Mundo de 2022, embora o jornal Folha de S.Paulo tenha publicado que a Fifa não trabalha com a possibilidade de a Globo não mostrar o evento. A carta enviada pelo grupo brasileiro não significa que este não transmitirá a Libertadores deste ano. Existe a possibilidade da abertura de negociação com a Conmebol para um acordo. Se isso não acontecer, a confederação poderá fazer licitação pelos pacotes de jogos em TV aberta e fechada. A Libertadores está marcada para reiniciar em 15 de setembro.
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