Menos de cinco meses depois de registrar o primeiro óbito decorrente da Covid-19, o Brasil superou a marca de 100 mil mortes causadas pela doença. O número foi divulgado pelo boletim do Ministério da Saúde no início da noite deste sábado (8). Com o registro de 905 mortes nas últimas 24 horas, o país soma 100.477.
Também foram registrados 49.970 novos casos da doença, somando mais de 3 milhões de pessoas infectadas pela Covid desde que a pandemia começou no Brasil. Sudeste e Nordeste continuam sendo as regiões com maior número de casos e óbitos, enquanto o Sul registra os menores números no país.
O Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) decretaram luto. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, publicaram mensagens nas redes sociais em solidariedade aos familiares das vítimas da doença.
Alcolumbre classificou este sábado como "um dos dias mais tristes da história recente" do país, e Maia classificou o número como "absurdo".
"Estamos convivendo diariamente com a pandemia, mas não podemos ficar anestesiados e tratar com naturalidade esses números. Cada vida é única e importa", disse o presidente da Câmara.
Por meio de nota, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, também lamentou as mortes e desejou que "a fé e a Ciência" sejam os guias do país na busca por soluções para o problema.
O Congresso decretou luto de quatro dias, enquanto no STF a homenagem durará três dias.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, não comentou o assunto neste sábado e o Executivo não informou se pretende decretar luto. Na última quinta-feira (6), o chefe do Executivo disse, ao lado do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, que lamenta as mortes, mas ponderou que é preciso "tocar a vida".
"A gente lamenta todas as mortes. Já está chegando ao número de 100 mil, talvez hoje... [Pazuello diz que será ainda nesta semana]. Vamos tocar a vida. Tocar a vida e buscar uma maneria de se safar deste problema", disse o presidente da República. (Do Diário do Nordeste)
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