A juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba, pediu "sinceras desculpas" pela menção a raça de um réu numa sentença de condenção e alegou que a frase foi retirada de contexto.
"Peço sinceras desculpas se de alguma forma, em razão da interpretação do trecho específico da sentença, ofendi a alguém", disse a magistrada em nota. Segundo ela, a condenação foi feita com base em provas e que "em nenhum momento" a cor foi utilizada para concluir que o acusado pertence a uma organização criminosa.
Em trecho da sentença do dia 19 de junho, a juíza escreveu: "Seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça, agia de forma extremamente discreta os delitos e o seu comportamento, juntamente com os demais, causavam o desassossego e a desesperança da população, pelo que deve ser valorada negativamente (sic)", ao se referir a Natan Vieira da Paz, de 42 anos.
A defesa de Natan afirmou que vai recorrer da decisão. "A raça dele não pode, de maneira alguma, ser relacionada com os fatos que ele supostamente praticou", afirmou a advogada Thayse Pozzobon. Natan Vieira da Paz recorre da decisão em liberdade.
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