Pelo menos 70.296 servidores municipais na Bahia, incluindo ativos e inativos, podem ter recebido indevidamente cotas do auxílio emergencial criado pelo Governo Federal para socorrer as famílias que ficaram sem renda em função da pandemia do novo coronavírus. O levantamento foi feito pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA).
Os indícios de fraude com o auxílio emergencial podem envolver recursos que chegam a R$ 117.171.600 pagos indevidamente aos suspeitos, até o momento, segundo informou o TCM. O resultado da pesquisa foi divulgado na terça-feira (28) pelo presidente do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, conselheiro Plínio Carneiro Filho, e pelo superintendente regional da Controladoria-Geral da União (CGU), Ronaldo Machado de Oliveira.
Segundo informações do TCM, as irregularidades foram encontradas após uma auditoria feita pelo órgão e pela CGU. O número de suspeitos de fraude no auxílio emergencial foi o segundo maior entre todos os estados do país, só perdendo para o Maranhão.
De acordo com o órgão, o número foi levantado a partir da relação de pagamento das três primeiras parcelas do auxílio emergencial, que foram liberadas pelo governo, entre abril e junho. Com isso, foi feito o cruzamento de dados de beneficiados no estado com a relação dos servidores municipais do banco de dados do TCM-BA, que inclui servidores concursados, ocupantes de cargos em comissão e agentes políticos (secretários municipais e vereadores).
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