A Justiça japonesa decidiu que 84 vítimas da "chuva negra" radioativa, que aconteceu após bombardeio nuclear em Hiroshima em 6 de agosto de 1945, podem se beneficiar dos cuidados médicos concedidos aos sobreviventes do bombardeio.
O governo do Japão criou um sistema de subsídios e assistência médica gratuita, dependendo da proximidade do local da explosão, dentro de um raio de 2 a 3 quilômetros, para reduzir os custos do tratamento de pessoas contaminadas pela radiação, os hibakusha. As vítimas da "chuva negra" radioativa, entretanto, não eram reconhecidas como sobreviventes do bombardeio.
"Não há nada de irracional nas declarações desses moradores de que foram encharcados pela chuva negra", disse o presidente do tribunal, juiz Yoshiyuki Takashima, à emissora pública de televisão, NHK. "Os exames médicos mostram que esses habitantes sofrem de doenças consideradas relacionadas à bomba atômica e que atendem aos requisitos legais exigidos pelo hibakusha", acrescentou.
Até o momento, o governo japonês reconhecia 136.682 pessoas como hibakusha, incluindo as de Nagasaki, alvo do segundo ataque nuclear, em 9 de agosto de 1945.
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