Um dos grandes desafios do sistema prisional nesse momento de pandemia do novo coronavírus é a perda de vínculos afetivos entre os internos e seus familiares, devido à suspensão das visitas sociais. Para minimizar esse risco, o Conjunto Penal de Itabuna (CPI) realiza, desde o dia 29 de junho, o projeto “Visitas Virtuais, vínculos reais”, em que os custodiados podem fazer ligações mediadas por tecnologia de vídeo-chamadas.
O projeto, pioneiro no Brasil, é operacionalizado pela empresa Socializa, que administra o presídio em regime de cogestão com o Governo do Estado, através da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP). As visitas virtuais foram iniciadas com a população feminina, no dia 29 de junho e, nessa sexta-feira (24), foram ampliadas para o público masculino.
As ligações, tanto do público masculino quanto do feminino, são realizadas fora do contexto do dia-a-dia de cada um deles. Ou seja, são realizadas em um ambiente humanizado, em salas ou em áreas em que não é possível identificar um contexto de encarceramento.
De acordo com o diretor do CPI, major PM Adriano Valério Jácome da Silva, esse projeto visa efetivar uma reaproximação entre as internas e internos e seus familiares, afastados fisicamente por conta da pandemia. “A execução da atividade é mediada pelas técnicas do Serviço Social e da Psicologia, que acompanham desde o cadastramento do interessado até a realização da vídeo-chamada”, observa o diretor.
A oferta das ligações por meio do projeto “Visitas virtuais, vínculos reais” foi garantida a todos os interessados, que informaram previamente quais os números de contato de cada familiar. O diretor Adriano Jácome afirma que diariamente são realizadas ligações convencionais, seguindo também os objetivos de manutenção de vínculos.
“A ideia das visitas virtuais é exatamente para proporcionar a oportunidade de pais e filhos, cônjuges e parentes em geral, a possibilidade de se ver, garantindo sorrisos, mantendo e reforçando os laços de afetividade”.
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