A pandemia do novo coronavírus segue afetando a economia baiana e, dessa vez, levou o estado ao topo da lista dos que tem a maior taxa de pessoas ocupadas com redução salarial do país. Em junho, 41,5% dos trabalhadores formais ou informais tiveram redução no seu rendimento em comparação com o que costumavam receber antes da crise. São mais de 2 milhões de baianos que tiveram a renda afetada.
Esse é apenas um dos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Covid19) referentes a junho, divulgados nessa quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo é feito por telefone, em parceria com o Ministério da Saúde, e investiga os impactos da pandemia na saúde e no mercado de trabalho. Os questionários são aplicados para domicílios de todo o país e depois expandido estatisticamente.
Em comparação com o mês de maio, o percentual de trabalhadores com redução salarial foi de 42,4%, ou seja, levemente maior do que os 41,5% de junho. Mesmo assim, o percentual na Bahia é o maior entre todos os estados e superior ao verificado no Brasil como um todo (35,9%).
Em média, os trabalhadores no estado tinham um rendimento médio mensal de R$ 1.621 antes da crise econômica gerada pela pandemia. Agora, esse valor caiu para R$ 1.298, o que representa uma redução de R$ 324 ou 20,0% do salário habitual. Todos os estados brasileiros observaram essa redução na renda média dos trabalhadores, que no Brasil como um todo foi de 16,6% entre o habitualmente recebido (R$ 2.332) e efetivamente recebido (R$ 1.944).
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