A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, acusado de comandar um esquema de "rachadinha" no gabinete do filho do presidente na Assembleia Legislativa (Alerj).
A substituição da prisão preventiva pela domiciliar foi negado na madrugada deste sábado (20) pela desembargadora Suimei Cavaleiri, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O colegiado ainda irá julgar posteriormente o mérito do habeas corpus.
O argumento do advogado Paulo Catta Preta, que defendia o miliciano Adriano da Nóbrega, integrante do "Escritório do Crime" morto no início do ano na Bahia, era que Queiroz está "muito doente". O pedido considera o "atual estágio da pandemia do coronavírus" e o fato de Queiroz ter "câncer no cólon" e ter passado há pouco tempo por uma "cirurgia de próstata".
A defesa ainda não apresentou documentos comprobotários como relatórios, prontuários ou laudos médicos, porque a Santa Casa da cidade de Bragança Paulista exigiu uma "determinação legal" para entregá-los. Em 2019, Queiroz fez um tratamento no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele pagou R$ 133,5 mil em espécie por uma cirurgia.
De acordo com informações do G1, o ex-assessor do filho de Jair Bolsonaro está em uma cela de seis metros quadrados, sozinho, como determina o protocolo de segurança em meio à crise de Covid-19. Nas primeiras horas como preso, Queiroz aparentava nervosismo e chorou muito, conforme apurou a TV Globo.
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