Cerca de 30 pessoas cadastradas no auxílio emergencial de R$ 600, em Itabuna e Ilhéus registraram queixas nas delegacias de Polícia Civil denunciando o sumiço da quantia de suas contas. De acordo com as ocorrências, na maioria dos casos, o dinheiro foi usado para pagamentos de boletos.
Em Ilhéus, entre segunda-feira (8) e quarta-feira (10), foram registradas 20 queixas para que a polícia apure a limpeza das contas. Uma das vítimas foi José Roberto. Ele levou um grande susto quando foi sacar a segunda parcela do auxílio. A conta estava praticamente zerada. Ele lembra que, conformem as regras do governo, não podia sacar o dinheiro antes da data estabelecida em cronograma.”Estava desde o dia 5 de junho, só que eu não podia sacar ainda. Então, mandaram eu ir [para a agência] na data acertada. Quando cheguei lá, falaram que já tinham pago um boleto. Só ficou R$ 1 na conta”, contou revoltado seu José Roberto.
Em Itabuna, foram oito ocorrências no período de o sábado (6) a quarta-feira. Entre as vítimas na cidade está o pedreiro Daniel Veríssimo Silva, que ficou desempregado por causa da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. E por isso, tem direito ao benefício. Ele conta que conseguiu sacar a primeira parcela do auxílio, no valor de R$ 600, em abril, mas agora, quando tentou receber a segunda, descobriu que a conta estava zerada. De acordo com extrato bancário, os bandidos usaram o dinheiro do pedreiro para o pagamento de um boleto, no dia 5 deste mês.
Daniel Veríssimo garante que não fez nenhum pagamento e luta para receber o dinheiro para comprar alimentos e pagar as contas de casa. Ele compareceu à delegacia da Polícia de Itabuna, onde prestou queixa. Agora, vai tentar receber o valor que tem direito.
De acordo com o titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Itabuna, Miguel Cicerelli, é necessário que todas as vítimas registrem o crime na delegacia para que consigam, caso comprovado o sumiço do dinheiro, a restituição dos valores pela Caixa Econômica Federal (CEF). Com informações e imagens da TV Bahia.
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