O médico infectologista pesquisador chefe do Instituto de Tecnologia em Saúde (ITS) do Senai/ Cimatec, Roberto Badaró, fez um alerta para a necessidade de manter o isolamento de forma severa nas próximas duas semanas, para que não seja registrado o dobro no número de casos da doença nos próximas duas semanas no Brasil.
Em entrevista à Rádio Metrópole, nesta quarta-feira (08), ele citou que o País está subindo no ranking de número de casos da doença e é preciso cuidar para que não passe até mesmo a liderar a lista.
“O Brasil, há quatro dias, estava em 18º e já estamos hoje em 16º no mundo, estamos atrás do Canadá, Holanda, Suíça, Bélgica. EUA está na frente. Nós estamos com 14 mil. Nessas duas semanas, se não houver contenção severa e obediência ao confinamento e uso de máscara, vamos dobrar e passar a Turquia e, se não tiver cuidados, vamos passar outros locais. Então tem que apertar a medida para a gente continuar onde estamos e não sermos os primeiros em número de casos”, defendeu.
O infectologista defendeu que o Brasil comece a adotar métodos de punição semelhantes àqueles adotadas em países desenvolvidos, que estabelece multa para quem descumprir.
“A gente copia experiências de outros, mas não de forma completa. Na Alemanha, 97% da população adere ao confinamento e uso de máscara, porque tem lei e se descumprir, paga multa”, disse.
Ele afirma que os donos de estabelecimentos que estão abertos, como farmácias e mercados, devem fornecer aos funcionários itens de proteção como máscaras.
“A gente tem que tomar uma atitude semelhante do que estão tomando em países desenvolvidos, que as pessoas são mais bem instruídas do que a média nossa, mas também desobedecem”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário