A prisão de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto Assis ganhou contornos políticos no Paraguai. De acordo com o Estadão, o ex-chanceler Rubén Melgarejo Lanzoni demitiu-se do cargo de assessor geopolítico e questões internacionais do Ministério do Interior, após ser revelado que a empresária Dalia López, apontada como parte do esquema de falsificação de documentos, havia contratado um escritório de advocacia ligado a ele.
O presidente da República, Mario Abdo Benítez, garantiu que a investigação seguirá "caia quem cair" e declarou, ontem (11), que sente "enorme dor" pela prisão do pentacampeão mundial brasileiro.
Pouco antes, o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Sergio Moro, ligou para o Paraguai pedindo explicações sobre a prisão de Ronaldinho, que é embaixador do Turismo do governo de Jair Bolsonaro. "Em nenhum momento houve interferência na apuração promovida pelo Estado paraguaio. O Ministério da Justiça e Segurança Pública preza pela soberania dos Estados e pela independência dos órgãos judiciários", diz nota divulgada ontem por Moro.
A ministra da Justiça do Paraguai anunciou, ainda ontem, que Moro visitará o país no próximo dia 27, no "âmbito da cooperação penitenciária" que é realizada com o Brasil. No mesmo dia, foram presos três funcionários públicos suspeitos de envolvimento no esquema de falsificação de documentos no qual Ronaldinho Gaúcho e o irmão foram pegos.
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