Juiz da 1ª Vara Criminal de Petrópolis, no Rio de Janeiro, Luiz Claudio Rocha Rodrigues determinou que a Caixa Econômica Federal faça o acondicionamento adequado de relógios Rolex apreendidos durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Palhares. O magistrado não diz a quem pertence os artigos de luxo, mas informa que o cuidado se deve à possibilidade de venda dos artigos para o pagamento de indenizações civis à Unimed Petrópolis.
A operação, deflagrada em fevereiro na Bahia e em outros estados, desbaratou um esquema criminoso manipulado por advogados. Segundo o o Ministério Público do Rio de Janeiro, criavam-se processos administrativos fictícios, alterando sistema computacional de órgão federal, gerando números de protocolos.
Após isso, eram lavradas escrituras públicas falsas contendo números de protocolos e processos administrativos fictícios e ajuizavam-se demandas almejando chancela judicial para concretizar o suposto crédito inexistente. De posse das cópias de processos administrativos e judiciais criados propositalmente para este fim, o grupo criminoso conferia aparência de legalidade aos documentos. Para finalizar o golpe, os envolvidos vendiam os falsos créditos, normalmente para grandes empresas que visam se beneficiar de uma compensação tributária.
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