O TST (Tribunal Superior do Trabalho) determinou nesta quinta-feira (6) bloqueio em contas de sindicatos que participam de greve na Petrobras, iniciada no último sábado (1). O tribunal ainda liberou a empresa a fazer contratações temporárias enquanto durar a paralisação. Em decisão, o ministro Ives Gandra disse que a greve é abusiva e tem conotação política. Para ele, o "o dano imediato a instalações, produção e fornecimento de combustíveis, bem como aos trabalhadores que não têm conseguido ser rendidos, exige medidas mais efetivas".
Os petroleiros ligados à FUP (Federação Única dos Petroleiros) iniciaram greve no sábado em protesto contra demissões previstas com o fechamento da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados, no Paraná. Eles questionam ainda medidas adotadas pela área de recursos humanos da estatal. Desde sexta (31), um grupo de sindicalistas ocupa sala de reunião na sede da estatal, no centro do Rio.
Esta semana, petroleiros do Paraná montaram vigília em frente ao edifício, que nesta sexta (7) deve receber o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Petrobras alega que a greve é ilegal e vem tentando suspender o movimento na Justiça. Na terça (4) o TST determinou que os sindicatos mantivessem um mínimo de 90% do pessoal em atividade, mas a ordem não foi cumprida, segundo Gandra.
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