A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello e outros sete suspeitos de envolvimento na tragédia no Ninho do Urubu. O episódio, que completa um ano amanhã (8), resultou na morte de dez atletas das categorias de base do clube.
De acordo com reportagem do G1, publicada nesta sexta-feira (07), os suspeitos foram indiciados por homicídio doloso, considerado com dolo eventual, e 14 tentativas de homicídio.
O documento policial foi concluído 4 de junho de 2019. O delegado da 42ª DP (Recreio) à época, Marcio Petra, enviou sua conclusão das investigações com os indiciamentos ao Ministério Público.
O inquérito concluiu que os contêineres onde os adolescentes dormiam no dia do incêndio não poderiam ser usados como dormitórios. Laudos apontaram que as estruturas tinham problemas estruturais e elétricos, e que os aparelhos de ar-condicionado não recebiam reparos.
Segundo outra reportagem, publicada pela Agência Brasil, após o indiciamento pela Polícia Civil, o Ministério Público pediu investigações adicionais à corporação. O caso voltou ao MP e continuou até dezembro do ano passado, quando foram solicitadas à polícia informações sobre os novos fatos adicionados ao inquérito.
O prazo para a polícia retornar mais uma vez o caso à promotoria é de 45 dias e acaba neste mês. Com as provas colhidas e reunidas em 11 volumes de inquérito, o Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor do MP-RJ deve oferecer denúncia criminal à Justiça.
CPI
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incêndios na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) deve ouvir hoje (7) familiares das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, além de representantes das diretorias atual e anterior do time. A sessão está marcada para as 11h, no Palácio Tiradentes.
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