Um contêiner com 12 toneladas de cacau fino, produzido no sul da Bahia, saiu na última segunda-feira (20) do Porto de Salvador para uma viagem de 30 dias até Antuérpia, na Bélgica, cujo porto é entrada de vários produtos exportados do Brasil para a Europa. O cacau foi importado pela Silco NV, empresa que atua na Europa com comércio de café, chás, cacau e especiarias, e realiza tanto a importação quando a exportação. Metade do cacau ficará na Bélgica e o restante seguirá para a França.
Detalhes sobre o valor da operação não foram revelados pelos três produtores envolvidos na negociação. Cada um deles tem um cliente diferente e exporta um tipo de cacau fino com características distintas.
Seis das 12 toneladas são de cacau orgânico – que ficarão na Bélgica. A negociação tem também ao menos três novidades: um é o volume exportado, que só foi possível depois que os produtores se uniram para dividir custos alfandegários – antes, a exportação era individual, por avião e em quantidades bem menores.
Também é a primeira vez que o cacau brasileiro tipo exportação leva na saca de 60 quilos um selo de indicação geográfica (IG), com a indicação de procedência “Sul da Bahia”.
Duas das 12 toneladas foram embarcadas com o selo IG. E as sacas dessas 2 toneladas foram ainda com uma etiqueta de QR Code, código de barras bidimensional onde é possível, com a leitura de uma câmara de celular, obter informações sobre a produção do cacau, desde o plantio ao ensacamento. O dono dessas 2 toneladas de cacau fino com IG e QR Code é o produtor Henrique Almeida, 63, da fazenda Sagarana, em Coaraci, e também proprietário do chocolate Sagarana – ele ainda divide a propriedade do chocolate Gabriela com dois sócios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário