O Facebook admitiu que monitora cada um de seus usuários, mesmo com a função de geolocalização desativada, por razões de segurança mas também com objetivos publicitários. O documento foi divulgado nesta terça-feira (17) no perfil Twitter de uma repórter do jornal americano The Hill.
"Inclusive sem a ativação dos serviços de localização, o Facebook ainda pode saber onde o usuário está com base em informações que ele e outros fornecem através de suas atividades e conexões com nossos serviços", revela a rede social em carta de 12 de dezembro enviada ao senador democrata Chris Coons e ao republicano Josh Hawley, do Congresso dos Estados Unidos.
Hawley retuitou a publicação da jornalista e escreveu: "Facebook admite. Você apaga os serviços de localização mas eles sabem onde você está para ganhar dinheiro".
"Não há como escapar. Não há controle sobre sua informação pessoal. Isto é a Grande Tecnologia. É por este motivo que o Congresso precisa agir."
Os senadores fizeram um requerimento sobre práticas de localização do Facebook em uma carta de 19 de novembro.
Na resposta, o Facebook destaca que coleta dados de geolocalização de três maneiras principais: pela habilitação de compartilhamento na plataforma (quando o usuário autoriza o repasse de informação), por atividades como check-in ou marcação de amigos (mesmo que o usuário não tenha habilitado o repasse da localização) e pelo endereço IP.
O Facebook obtém dados pessoais de todos os tipos sobre seus mais de 2 bilhões de usuários frequentes em ao menos uma das plataformas do grupo: Instagram, Messenger, WhatsApp ou Facebook.
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