terça-feira, 29 de outubro de 2019

Transtorno do pânico; O que é e como lidar? – Simone Cafeseiro explica

O transtorno do pânico como o próprio nome descreve, se caracteriza por um ataque de pânico, acompanhado de sentimentos de pavor, medos diversos, como por exemplo: medo de perder o controle sobre si mesmo, medo de morrer ou de enlouquecer. Os sentimentos e pensamentos são tão potentes por quem vive a crise, que comumente causam sintomas físicos como: palpitações, falta de ar, dores no tórax, sudorese, tremores, tonturas, sensação de desorientação, desespero ou paralisação. É comum que muitas pessoas confundam um ataque de pânico com uma crise de ansiedade, no entanto, ambos possuem sintomas muito específicos dentro de um diagnóstico diferencial.

A crise de ansiedade por exemplo pode ocorrer em períodos longos e persistentes, afetando o sono e as atividades rotineiras, as pessoas que sofrem de crise de ansiedade também podem conseguir relacionar a crise a um evento específico, como estarem preocupados ou ansiosos com algo que conseguem identificar.

A crise de pânico não revela um conteúdo consciente a quem a sente. São crises que podem ocorrer subitamente em momentos inesperados e situações adversas. A pessoa que a vivencia, tem a sensação que em fração de segundos sai de uma situação tranquila, para uma situação conturbada em si mesmo, de perda de controle.


Por vir acompanhada por sintomas físicos, a crise de pânico que é um transtorno psíquico emocional, leva muitos a procurarem médicos, sobretudo cardiologistas, imaginam que estão com problemas cardíacos ou com outras doenças. Nesse caso, o médico buscado fará os exames clínicos necessários para descartar as hipóteses de doenças físicas, sendo feito, o paciente é orientado a buscar acompanhamento psicológico.

Os transtornos de ordem psíquica e emocionais ainda são vistos com resistência e um certo preconceito por muitas pessoas, assim como o reconhecimento de que é preciso buscar ajuda psicológica com profissionais da área. Psicólogos especialistas e psiquiatras poderão realizar um diagnóstico, e desenvolver junto ao paciente o tratamento necessário. Apesar das pessoas que sofrem com o transtorno do pânico não conseguirem nomear o motivo de suas crises, estas, costumam aparecer após vivências emocionais conturbadas, como perdas e eventos traumáticos que não foram elaborados.

O primeiro passo para alguém sair de uma crise é reconhecer a presença da mesma e buscar ajuda profissional, após isso, será possível acolher a história de vida que a trouxe à esse momento conturbado, e traçar um caminho de melhoras e reconstruções. Para além da intervenção profissional é de suma importância considerar a qualidade de vida da pessoa em questão, suas relações familiares, interpessoais, vida profissional e formas de lazer. Tudo isso, assim como a participação, atenção e cuidado afetivo das pessoas que cercam ajudam positivamente em um processo de recuperação.

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