Durante uma conversa com apoiadores, neste sábado (5), em frente ao Palácio do Alvorada, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se irritou quando um homem perguntou sobre Fabrício Queiroz, ex-assessor do hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo, segundo a qual o presidente andou de moto no terreno do palácio e parou para falar com visitantes.
Após ouvir elogios, conversar brevemente e tirar fotos, escutou a pergunta, feita por um homem que estava de bicicleta e que não se identificou.
“E o Queiroz?”, quis saber o rapaz. Bolsonaro então respondeu duas vezes “tá com sua mãe” enquanto colocava o capacete para retornar ao palácio.
Um apoiador de Bolsonaro chegou a bater boca com o ciclista, após a saída do presidente, mas depois ambos deixaram o local.
O Ministério Público do Rio de Janeiro chegou a abrir investigação sobre suspeitas de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso que envolve o filho do presidente.
As suspeitas estão ligadas ao gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Ele foi deputado estadual de 2003 a 2018.
Para a Promotoria, houve um esquema conhecido como “rachadinha”, em que servidores são coagidos a devolver parte do salário para os deputados. A apuração tem origem em relatório do Coaf (hoje chamado de Unidade de Inteligência Financeira) que apontou movimentações atípicas na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio.
Flávio é investigado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os crimes supostamente praticados estão ligados ao gabinete dele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Segundo o Ministério Público, há indícios robustos desses crimes, por parte de Flávio, de 2007 a 2018, período em que Fabrício Queiroz, pivô da investigação, trabalhou com o então deputado estadual como uma espécie de chefe de gabinete.
Relatório do Coaf apontou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta bancária do ex-assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. Chamou a atenção da investigação, além do volume movimentado, a forma com que as operações se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo, em data próxima do pagamento de servidores da Assembleia.
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