Uma grave denúncia contra a Maternidade Ester Gomes (Mãe Pobre) veio à tona na tarde desta terça-feira (24). Grávida de sete meses, Karoline Matos das Virgens, de 23 anos, havia procurado por duas vezes a unidade, uma vez que sua gestação era de risco. Ela apresentava sangramento intenso. No entanto, mesmo diante de um caso urgente, a maternidade teria negado o atendimento, segundo os familiares. Isso aconteceu ontem (23).
A recepção, inclusive, teria orientado a família a procurar o Hospital Manoel Novaes, mas, sequer, regularam a gestante. E sem a regulação, o Novaes não poderia atender pelo SUS. O avó da paciente, Marcelo das Virgens, em entrevista ao Blog Plantão Itabuna, disse que teve que internar a neta como particular no Novaes. A jovem foi submetida a uma cesariana ontem mesmo, quando sua filha prematura nasceu. O orçamento para partos desse tipo gira em torno de R$ 4 mil.
Sem contrato
Todo esse constrangimento que Karoline passou é, na verdade, fruto de um impasse entre o Hospital Manoel Novaes e a prefeitura de Itabuna. No mês passado, o então secretário de Saúde, Josimar Sales, decidiu por não renovar o contrato com o Novaes, que ficou sem poder continuar o atendimento pelo SUS. Entretanto, a unidade abriu exceção para casos de emergência, desde que a Maternidade Ester Gomes, ao receber os pacientes, os classificassem e os regulassem de acordo com a necessidade, o que não aconteceu com Karoline.
A vereadora Charliane Sousa informou que os documentos comprovam que a Maternidade Ester Gomes não está regulando os pacientes. “Tem mães que chegam pela manhã e são reguladas 22 horas, e até no outro dia, não se pode brincar com a vida do outro, absurdo isso”, criticou a edil.
Charliane disse, ainda, que os pais de Karoline das Virgens serão orientados a mover uma ação junto ao Ministério Público.
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