No dia 02.09.2019 no município de Maraú/Bahia foi encontrada uma tartaruga marinha da espécie cabeçuda (Caretta caretta) encalhada e sem vida. A mesma estava com quadro de causa da morte ligada a interação com pesca industrial. Era um macho reprodutivo de cerca aproximadamente de 1,20 m de comprimento.
Os motivos que contribuem para a extinção das tartarugas são diversos: a fotopoluição (iluminação artificial nas praias que podem desorientar os filhotes recém eclodidos). O trânsito de veículos nos locais de desova, a ocupação desordenada do litoral, a poluição dos oceanos e o aquecimento global. Também está incluída nesta extensa lista a captura incidental de tartarugas pela pesca.
Neste ano a maioria dos encalhes que resultaram em mortes das tartarugas marinha no sul da Bahia são ligados a interação com rede de pesca ( cerca de 80 % ), afirma o Médico Veterinário do Projeto (a)mar, Dr. Wellington Laudano. Segundo o mesmo os tipos de interações com redes de pesca podem ser: a rede de espera, a rede de arrasto de camarão, a rede de pesca “fantasma” e a pesca com espinhel em alto-mar.
A tartaruga marinha encontrada era adulta e macho reprodutivo. Podemos observar na foto acima a presença do anzol na boca do animal e a linha dependurando o esôfago.
O médico veterinário e coordenador do setor de encalhes do projeto (a)mar, Dr. Wellington Laudano essa é a primeira tartaruga marinha encontrada nesta ano com sinais de interação com pesca de espinhel na área de monitoramento de praias do projeto. Esse é a metodologia mais comum de pesca em alto-mar, o espinhel horizontal com anzóis no formato de letra “J” e é um dos maiores responsáveis pela captura incidental de tartarugas marinhas. Ocorre que, ao tentarem se alimentar das iscas, elas ficam presas nesses anzóis e são puxadas para dentro da água, morrendo afogadas e feridas por esses petrechos. Desde novembro de 2018 (Instrução normativa IBAMA/MMA) é obrigatório o uso de anzol “circular”na preservação das tartarugas marinhas no Brasil.
A Coordenadora e Bióloga do (a)mar, Stella Tomás, complementa que feitos de metal e sem argola, o anzol circular é chamado assim porque a ponta é curva e virada em direção à haste, formando um círculo. Por ser assim, aumentam-se as chances de as tartarugas marinhas serem liberadas de volta ao mar com vida, além de não terem o céu da boca perfurado. Essa tecnologia tem que ser adotada por todos os barcos que pescam em alto-mar pois para se ter uma ideia o anzol em formato de letra “J” é muito perigoso uma vez que são armadilhas para as tartarugas marinhas. Segundo estudos realizados em uma única saída (que dura em média 20 dias em alto-mar) uma embarcação é capaz de capturar de forma incidental em média até 100 tartarugas marinhas.Precisamos cada vez mais orientar a pesca de forma legal e não negligente para podermos ter uma maior preservação marinha.
Contato para emergências da fauna marinha, pode entrar em contato com o Projeto (a)mar pelo telefone/ WhatsApp (73) 99812-2850. (ilhéus 24h)
Os motivos que contribuem para a extinção das tartarugas são diversos: a fotopoluição (iluminação artificial nas praias que podem desorientar os filhotes recém eclodidos). O trânsito de veículos nos locais de desova, a ocupação desordenada do litoral, a poluição dos oceanos e o aquecimento global. Também está incluída nesta extensa lista a captura incidental de tartarugas pela pesca.
Neste ano a maioria dos encalhes que resultaram em mortes das tartarugas marinha no sul da Bahia são ligados a interação com rede de pesca ( cerca de 80 % ), afirma o Médico Veterinário do Projeto (a)mar, Dr. Wellington Laudano. Segundo o mesmo os tipos de interações com redes de pesca podem ser: a rede de espera, a rede de arrasto de camarão, a rede de pesca “fantasma” e a pesca com espinhel em alto-mar.
A tartaruga marinha encontrada era adulta e macho reprodutivo. Podemos observar na foto acima a presença do anzol na boca do animal e a linha dependurando o esôfago.
O médico veterinário e coordenador do setor de encalhes do projeto (a)mar, Dr. Wellington Laudano essa é a primeira tartaruga marinha encontrada nesta ano com sinais de interação com pesca de espinhel na área de monitoramento de praias do projeto. Esse é a metodologia mais comum de pesca em alto-mar, o espinhel horizontal com anzóis no formato de letra “J” e é um dos maiores responsáveis pela captura incidental de tartarugas marinhas. Ocorre que, ao tentarem se alimentar das iscas, elas ficam presas nesses anzóis e são puxadas para dentro da água, morrendo afogadas e feridas por esses petrechos. Desde novembro de 2018 (Instrução normativa IBAMA/MMA) é obrigatório o uso de anzol “circular”na preservação das tartarugas marinhas no Brasil.
A Coordenadora e Bióloga do (a)mar, Stella Tomás, complementa que feitos de metal e sem argola, o anzol circular é chamado assim porque a ponta é curva e virada em direção à haste, formando um círculo. Por ser assim, aumentam-se as chances de as tartarugas marinhas serem liberadas de volta ao mar com vida, além de não terem o céu da boca perfurado. Essa tecnologia tem que ser adotada por todos os barcos que pescam em alto-mar pois para se ter uma ideia o anzol em formato de letra “J” é muito perigoso uma vez que são armadilhas para as tartarugas marinhas. Segundo estudos realizados em uma única saída (que dura em média 20 dias em alto-mar) uma embarcação é capaz de capturar de forma incidental em média até 100 tartarugas marinhas.Precisamos cada vez mais orientar a pesca de forma legal e não negligente para podermos ter uma maior preservação marinha.
Contato para emergências da fauna marinha, pode entrar em contato com o Projeto (a)mar pelo telefone/ WhatsApp (73) 99812-2850. (ilhéus 24h)
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