sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Brasil é o segundo país com mais grávidas adolescentes na América Latina

Quando se fala em gravidez na adolescência, a preocupação, normalmente, gira em torno da saúde da mãe e do bebê até o momento do nascimento da criança. Mas ocorre que, fatores psicológicos, sociais, financeiros e de saúde também circundam a vida de quem teve que lidar com uma gestação precoce e, posteriormente, criar filhos antes de chegar à vida adulta.

Os últimos dados coletados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que compreendeu nascimentos ocorridos entre 2010 e 2015, apontou que o Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos. O índice está acima da média latino-americana, estimada em 65,5.

Para avaliar como estão esses dados refletem nos dias de hoje, o site Trocando Fraldas elaborou um estudo com mães de todo o Brasil para identificar o impacto desses números. Apesar de um percentual de 35% das pesquisadas afirmarem ter engravidado na faixa dos 18 anos, um índice preocupante de 10% disse ter descoberto a gestação com 13 anos ou até antes.

Outros fatores que dizem respeito às consequências de uma gravidez precoce é o apoio e a continuidade no relacionamento com pai da criança após o parto. Uma margem de 50% das entrevistadas afirmou ter terminado o ensino médio depois de engravidar, entretanto, 63% não apontou a gravidez precoce como uma desvantagem profissional.

Mulheres que engravidaram aos 14 anos indicaram que não estão mais com o pai dos seus filhos, com uma média de 60%. Entretanto, a maioria das entrevistadas indicou que permaneceu com o relacionamento após a gestação.

E estudo ainda apontou que 73% das mulheres disseram que os pais são participativos na criação. Das que responderam que a presença paterna não é tão predominante, a faixa etária das mulheres que foram mães aos 14 anos esteve em maior número. Mesmo assim, a maioria indicou que os pais são participativos.

Mulheres que engravidaram aos 14 anos indicaram, em maior número, que não estão mais com o pai dos seus filhos. Entre as que engravidaram com 13 anos, de acordo com o levantamento, 51% revelaram que já utilizavam anticoncepcional. Em contrapartida, das que engravidaram com 18 anos, apenas 31% faziam uso de algum método contraceptivo.

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