A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) realiza em todo este mês de julho e remete ao dia 27, a campanha de prevenção do câncer de cabeça e pescoço, que este ano trás o tema, “O câncer tá na cara, mas às vezes você não vê”. O objetivo é de conscientizar e alertar a população sobre os sintomas da doença e a importância da detecção precoce. O Brasil registra a cada ano cerca de 41 mil novos casos desses tumores maligno, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
De acordo com o Instituto, os principais tipos de câncer da região de cabeça e pescoço são os de pele, de boca, faringe, laringe e de tireoide. Esse tipo de câncer é o segundo mais frequente no homem, superado apenas pelo câncer de próstata. Nas mulheres, o câncer de tireoide aparece como o oitavo mais comum.
O médico especialista em cirurgia de cabeça e pescoço Marcus Borba, reforça a orientação da SBCCP de que o diagnóstico precoce, somado ao tratamento adequado, aumentam as chances de sobrevida, com uma melhor qualidade de vida. De acordo com o médico, na maioria das vezes, os tumores de cabeça e pescoço podem ser assintomáticos no início da doença, o que leva ao diagnóstico tardio.
“O julho verde é extremamente importante, pois chama a atenção para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço, que compreende alguns dos cânceres mais comuns no homem. O objetivo é fazer com que essa conscientização ocorra em todos os outros meses do ano”, frisa o especialista.
Fumar e beber
Conforme dados do INCA, a associação dos hábitos de beber e fumar multiplica em até 20 vezes a possibilidade de uma pessoa saudável desenvolver algum destes tipos de cânceres e a infecção pelo papilomavírus, o HPV, tem contribuído com o aumento na incidência da doença nos últimos anos. Estima-se, atualmente, que em torno de 7% da população brasileira pode ter infecção pelo HPV na boca.
Segundo Marcus Borba, um dos fatores que contribui para esta estatística é a prática de sexo oral sem proteção. “Tais infecções podem provocar nódulos no pescoço, inclusive na tireoide, além de lesões na boca que não cicatrizam”, explica o cirurgião, que alerta ainda, para as pessoas ficarem atentas a possíveis sintomas da doença “já que o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais para a cura do câncer de cabeça e pescoço”.
O cirurgião, que ainda realiza uma média de 20 cirurgias por mês, justifica que, as taxa de cura são superiores a 90%. Os tumores pequenos e localizados são tratados, em geral, por meio de cirurgias, quimioterapia e radioterapia, de forma isolada ou combinada. “Lesões na boca que não cicatrizam em até 21 dias, devem ser avaliadas por médicos o quanto antes, ainda mais se o paciente for fumante e ingerir bebidas alcóolicas em exagero”.
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