“Não acredito que o remédio seja a censura”, afirmou o ministro Moro sobre críticas nas redes sociais.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, utilizou as redes sociais para responder aos comentários de apoiadores pedindo providências contra declarações ofensivas do “suposto comediante” Gregório Duvivier em “evento político-partidário Lula livre”.
Em ato do PT realizado no mês de abril, em Curitiba, na frente do prédio onde o condenado Lula da Silva está preso, Duvivier acusou Moro de ser um “juizeco”, “um merda”, “fala fino com a milícia e com os EUA” e que “não merece nem uma pica no cu”, como noticiou a RENOVA.
“Sou daqueles que ainda acreditam na liberdade de expressão e na de imprensa”, afirmou Moro em mensagem no Twitter neste domingo (5).
“A resposta às críticas injustas da imprensa ou das redes sociais não pode jamais ser a censura ou o controle da palavra. Deve ser o aprofundamento do debate, o livre intercâmbio da idéias. O esclarecimento e não o silêncio”, acrescentou o ministro.
“Claro, tal liberdade não abrange ameaças. Não significa também que concordo com excessos ou ofensas a quem quer que seja, mas apenas que, para essas, não acredito que o remédio seja a censura”, explicou melhor o ministro.
As declarações de Moro também podem ser encaradas com uma resposta ao posicionamento do ministro da Secretaria de Governo, o general Carlos Alberto Santos Cruz.
Em entrevista à jornalista Vera Magalhães, da Jovem Pan, durante visita aos Estados Unidos, no último mês de abril, o ministro disse que alguns usuários das redes sociais precisam ser “disciplinados” e que a “legislação tem que ser melhorada”.
“No ponto, bom lembrar que não fosse a vitória eleitoral do Pr Jair Bolsonaro, estaríamos hoje sob ‘controle social’ da mídia e do Judiciário e que estava expresso no programa da oposição ‘democrática'”, completou o ministro Sergio Moro, ao lembrar do programa de governo do candidato derrotado Fernando Haddad (PT).
Mais cedo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, também utilizou o Twitter para dizer que a “regulamentação da mídia” não será aplicada em seu governo, informou a RENOVA.
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