terça-feira, 28 de maio de 2019

Presidente da Alba afirma que a ANAC deve combater preços extorsivos das passagens aéreas


O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Nelson Leal, disse que a Agência Nacional de Aviação Aérea (Anac) tem a obrigação de regular e combater os preços extorsivos das passagens aéreas no país. A Alba fez sessão especial para tratar do tema, nesta segunda (27), mas a presidência da Anac não compareceu nem enviou representante.

– Os preços cobrados para o transporte aéreo no Brasil, principalmente para quem mora nas regiões Norte e Nordeste, são abusivos. O mercado é livre, mas a Anac tem a obrigação de regular e combater os preços extorsivos – disse o deputado estadual e presidente da Alba.

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Nelson Leal, definiu como absurda a alta média de 140% das passagens aéreas no país nos últimos meses, agravada com a quebra da Avianca Brasil. “A situação é absurda. Ouvimos o relato da deputada Olívia Santana de que o prefeito de Juazeiro teve que pagar mais de R$ 4 mil para se deslocar até Salvador. Em um ano, algumas tarifas subiram mais de 140%. A quebra da Avianca Brasil aumentou a concentração em um setor já marcado por poucas opções para os consumidores”, disse Nelson Leal.



Ainda segundo Leal, dados do IBGE mostram que as passagens não param de subir. “Entre março e abril, na prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), os bilhetes tiveram alta média de 5,54%. Em fevereiro, de 7,54%, mas, no dia a dia de quem viaja, o impacto é muito maior. O preço médio de alguns trechos, que era de R$ 600, hoje é de R$ 1.400″.

A concentração levou, também, a queda de opções de voos diretos partindo de aeroportos baianos. Para o Rio de Janeiro, apontou, só quem opera voos diretos entre a capital baiana e a fluminense é a Gol. “Em outras companhias, para se chegar à capital carioca pode se ter que fazer três escalas”, afirma.

O debate na Alba contou com as presenças do senador Jaques Wagner, do deputado federal João Carlos Bacelar – que reuniu assinaturas para a apresentação de uma CPI das Passagens Aéreas no Congresso Nacional, de vários deputados estaduais e de representantes da Azul Linhas Aéreas, da ABAV, da Vinci Airports, que gerencia o Aeroporto de Salvador, da OAB, do Procon, do Ministério Público Estadual (MP-BA), do Sindicombustíveis-Bahia. Embora convidados, não compareceram o secretário de Turismo da Bahia, Fausto Franco, e o diretor-presidente da ANAC, José Ricardo Queiroz

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