terça-feira, 21 de maio de 2019

11 Integrantes que aplicavam golpes na internet são condenados

O juiz da 1ª Vara da Justiça Federal em Vitória da Conquista, João Batista de Castro Júnior, condenou 11 acusados de fazer parte de uma quadrilha de hackers, com atuação em todo o país, mas que tinha como base municípios baianos. As punições mais pesadas são de 10 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado.

Os condenados foram presos no final de 2015, durante um operação realizada pela Polícia Federal e Ministério Publico Federal (MPF-BA), nas cidades baianas de Itororó, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista, além de São Paulo (SP), Osasco (SP), Águas Lindas de Goiás (GO) e Brasília.

Os condenados são Nelita de Almeida Ferraz, Leandro Morais Paixão, “Leo AG”, Iuri Pereira dos Santos, Delmiro Ferraz da Rocha Neto, João Batista Ferraz Filho, Sandro Camilo Mendes dos Santos, Tiago Carvalho Bezerra, Sandro Deivide Carvalho Bezerra, Raquel Araújo Barbosa, Davi Melo Ferraz de Oliveira e Fábio Luiz Jesus dos Santos.

Davi Melo teve a prisão em regime semiaberto substituída por serviços prestados à comunidade, que pode ser assistenciais, hospitais, escolas ou orfanatos. Além disso, terá de pagar três salários mínimos. Outros condenados que tiveram penas menores foram Raquel Araújo e Fábio Luiz, que vão cumprir a punição no regime semiaberto.

O magistrado determinou ainda que a Ordem dos Advogados do Brasil seja comunicada sobre a condenação aplicada a Demiro Ferraz, que é advogado. A entidade poderá adotar providência, conforme o seu estatuto. Ele foi punido com seis anos e quatro meses de reclusão, além de pagamento de 26 dias-multa.

ENTENDA O CASO


Denominada Lammer, a operação da Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, foi realizada em dezembro de 2015 e cumpriu sete mandados de prisão preventiva, 14 de busca e apreensão e 12 conduções coercitivas nas cidades de Itororó, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista, além de São Paulo (SP), Osasco (SP), Águas Lindas de Goiás (GO) e Brasília.

De acordo com a PF, a maior parte dos recursos era desviada para contas de integrantes da quadrilha em Vitória da Conquista. Segundo as investigações, as fraudes consistiam por meio da captura dos dados cadastrais e de senhas de acesso aos sistemas de internet banking, invasão de contas bancárias e transferência dos saldos existentes para contas de laranjas.

Segundo a polícia, o dinheiro desviado pelos criminosos era sacado ou usado para pagamentos de boletos bancários, taxas de licenciamento de veículos, contas de consumo (água, luz, telefone, tv a cabo, etc.) e outros títulos. Os líderes da quadrilha, conforme investigações, ostentavam uma vida luxo, sem que tivessem rendas lícitas para isso.

A Polícia Federal e MPF apuraram que os integrantes da quadrilha enviavam o vírus conhecido como “Cavalo de Tróia” para o computador de correntistas em vários estados brasileiros. Com os computadores infectados e acessando as informações remotamente, os bandidos faziam as transações das contas das vítimas para as de terceiros. (Blog Pimenta)

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