Na madrugada desta sexta-feira (05), um travesti foi assassinado a tiros por dos criminosos que estavam em uma motocicleta. O crime ocorreu por volta das 4h, na Rua São Jorge, bairro São Caetano em Itabuna.
A vítima foi identificada pelo prenome de Daniel, e o nome utilizado, Bárbara. Ele foi perseguido nas imediações da feira livre e assassinado com, pelo menos, cinco tiros de arma de fogo. No local do crime foram encontradas cápsulas de pistola calibre .380. A vítima foi atingida no abdômen, nas nádegas e nas costas.
No momento que a Polícia Militar fazia o isolamento da área, um transeunte informou que a vítima seria moradora do bairro Sarinha Alcântara, e que teria envolvimento direto na morte de Adoniram Barbosa Alves, 31 anos, assassinado no último domingo (31) no bairro Pedro Jerônimo. (lembre o caso aqui).
Na ocasião, dois travestis e uma mulher identificada pelo prenome Isabela, teriam levado Adoniram até o local onde houve o latrocínio, já que após assassinar Adoniram, o trio roubou o carro da vítima.
Os relatos desse transeunte apontam para queima de arquivo. Isto porque, para justificar o assassinato de Adoniram aos traficantes locais, da organização criminosa DMP, os dois travestis e essa Isabela argumentaram que Adoniram era "alemão", uma gíria utilizada no meio dos criminosos para definir os bandidos criminosos adversários.
Contudo, soube-se logo que a vítima era pessoa de bem, sem envolvimento algum com criminalidade. Sendo assim, líderes da facção podem ter ordenado a morte dos envolvidos, e o primeiro "arquivo a ser apagado" foi o desse travesti Bárbara, o Daniel.
Essa é a primeira linha de investigação policial. O outro travesti e a Isabela, teriam, inclusive, saído da cidade. A Polícia Civil investiga os casos, pra saber se esta relação entre os homicídios é realmente procedente.