Dois trabalhadores baianos mantidos em situação análoga à escravidão foram resgatados de uma carvoaria ilegal, no estado do Rio de Janeiro, nesta semana, após denúncias. De acordo com a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), os homens não recebiam salários há dois meses, e não tinham acesso a água tratada, banheiro e nem cama, entre outras precariedades.
Conforme a Secretaria, os trabalhadores, que não tiveram os nomes divulgados, foram aliciados na Bahia e levados para o Rio de Janeiro, sem ter as carteiras de trabalho assinadas. Nos depoimentos, os homens contaram que receberiam R$ 40 por dia, mas, desde que começaram a trabalhar, nunca foram pagos. A carga horária era de 11h por dia. Segundo a pasta, os trabalhadores contaram também que, além de não receberem salário, ainda ficaram com dívidas que, segundo os aliciadores, seriam para custear as despesas com alimentação e moradia deles.
O resgate foi realizado em parceria entre o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo (NETP) do Rio de Janeiro e Bahia. Os dois trabalhadores foram recebidos no aeroporto de Salvador, pelo coordenador das ações na Bahia, Admar Fontes, na noite desta quinta-feira (11).
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